segunda-feira, 7 de julho de 2008

Teste do pezinho...




A Importância do "Teste do Pezinho" para a saúde do Recém Nascido


Em 2001 o Ministério da Saúde criou o "Programa Nacional de Triagem Neontal" visando, progressivamente, atender os 3,5 milhões de recém nascidos em todo o Brasil, diagnosticando a falta de função da tiróide (HIPOTIROIDISMO) e moléstia chamada Fenilcetonuria. Sabemos que 1 em cada 3000 - 4000 crianças recém nascidas podem apresentar estas anomalias genéticas.

Para que o Programa Nacional pudesse funcionar criou-se, em cada Estado, um Serviço de Referência, responsável pelos recém nascidos daquele Estado, constituído por um coordenador, Médico Endocrinologista, Psicóloga e Assistente Social. Esta equipe é responsável pela logística do Programa, isto é, todo recém nascido tem que se submeter ao "Teste do Pezinho" entre o 3o. e 7o. dia do nascimento. Se o Teste do Pezinho mostrar-se alterado a Assistente Social localiza a mãe e pede para que a criança volte ao Posto de Saúde para exames confirmatórios. Logo após estes exames, no caso de ser confirmado o diagnóstico HIPOTIROIDISMO, a criança é medicada com 1 comprimido de TIROXINA (hormônio da tiróide) por dia, pela manhã. Todos os exames, testes, consultas e remédios são cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No caso da criança apresentar diagnóstico de fenilcetonuria dieta apropriada é introduzida e aconselhamento nutricional é fornecido.

Admite-se que a criança, de forma IDEAL, deveria iniciar o tratamento antes de decorridos30 dias do nascimento. No caso de haver retardo da administração de TIROXINA a criança pode ficar com grau variável de RETARDO MENTAL IRREVERCÍVEL constituindo ÔNUS para a família (escola especial, tratamento neurológico, etc.) e para a sociedade em geral (não consegue integrar-se ao meio social).

No momento cerca de 2,0 milhões de crianças recém nascidas são, realmente, rastreadas no Programa. Calcula-se que 1.5 milhões de recém nascidos não FAZEM o Teste do Pezinho. Esta situação pode melhorar e mito se a MÍDIA divulgar o fato de que todo recém nascido deve procurar o Posto de Saúde ou o Hospital local para realizar o Teste do Pezinho. Nosso grupo elaborou uma CARTILHA que descreve, em linguagem simples como é o teste e o que ocorre após os exames que confirmam o HIPOTIROIDISMO. Esta CARTILHA foi distribuída a todos os Serviços de Referência em 28 Estados.





País vence dificuldades de logística e avança no
"Teste do Pezinho"

Durante um período de menos de três anos, o Brasil - que protegia apenas 24,2% dos seus recém-nascidos contra as gravíssimas conseqüências do hipotiroidismo - passou a proteger 89% dessas crianças. Mas isso significa que cerca de 1,5 milhão de bebês ainda não passam pela triagem neonatal que pode diagnosticar e amenizar o futuro retardo mental e neurológico causado pelo hipotiroidismo congênito. A informação será apresentada nesta quinta-feira, dia 24, às 11h, no 5o. andar do prédio do Instituto Central do Hospital das Clínicas, pelo Dr. Geraldo Medeiros-Neto, professor de endocrinologia da Faculdade de Medicina da USP, um dos grandes batalhadores brasileiros pela disseminação do chamado "Teste do Pezinho" em recém-nascidos, destinado à detecção de doenças congênitas.

O Prof. Geraldo Medeiros lançou o livro - Hipotireoidismo Congênito no Brasil - Como era, como estamos e para onde vamos!, baseado no Seminário sobre Hipotireoidismo Congênito realizado em agosto de 2003 pelo Instituto da Tiróide, que ele preside, com o apoio da Sociedade Brasileira de Endocrinolgia e Metabologia / Departamento da Tireóide da SBEM, e da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal, e patrocínio do Aché Laboratórios Farmacêuticos.

A meta do PNTN - Programa Nacional de Triagem Neonatal, do Ministério da Saúde, é detectar o maior número possível de doenças congênitas e atender 100% dos recém-nascidos brasileiros. Por enquanto, a grande maioria dos Estados só venceu a Fase I do PNTN, que objetiva diagnosticar a Fenilcetonúria e o Hipotireoidismo Congênito. As fases seguintes prevêem diagnósticos de doenças como anemia falciforme, fibrose cística e outras. O grande problema, segundo o Dr. Geraldo Medeiros, é o de logística, uma vez que cada uma dessas doenças congênitas tem prazo para detecção e início de tratamento.

O primeiro teste para detecção de hipotireoidismo, por exemplo, precisa ser feito entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê, e o tratamento precisa começar no máximo ao redor de um mês. "Você imagina que a mãe volta para casa com o bebê, às vezes em um barco, como na Amazônia, e a criança precisa passar pelo testes a´te quatro dias depois. Além disso, precisa fazer um segundo teste confirmatório e, em caso da doença, com um mês de idade, precisa passar a ingerir um comprimido diário (tiroxina) e visitar o médico pelo menos cinco vezes por ano, nos 12 meses iniciais", explica o presidente do Instituto da Tiróide.

A luta pra ampliar a faixa de recém-nascidos assistidos pelo PNTN envolve soluções criativas de entidades como a da APAE-SP, por exemplo, que mobilizou um veículo que leva profissionais de saúde para percorrer uma um os cartórios de registro de nascimento da Capital checando se os recém-nascidos estão passando pelo "Teste do Pezinho". Em todas essas iniciativas é entregue um exemplar da Cartilha do Hipotireoidismo Congênito, trabalho conjunto do Instituto da Tireóide, com apoio, do Ache Laboratórios, com a equipe do Ambulatório de Hipotireoidismo Congênito do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG.

O que podemos fazer? Alertar a população para a importância do "Teste do Pezinho".

"NÃO DEIXE DE LEVAR A CRIANÇA RECÉM-NASCIDA PARA FAZER O TESTE DO PEZINHO".

"A CRIANÇA QUE NÃO FAZ O TESTE DO PEZINHO CORRE RISO DE FICAR COM PROBLEMAS CEREBRAIS".

"O TESTE DO PEZINHO PROTEGE A CRIANÇA RECÉM-NASCIDA DE DOENÇAS SÉRIAS, FACILMENTE CORRIGÍVEIS.


Não deixe de ver a cartilha ilustrada

Beijos no coração

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